RITUAL CRIOULO DE UM DOMINGO DE CARREIRA
( André Oliveira / André Teixeira )
E
Buçal e cabresto de doze
B7
Uma maneia nas mão
Xergão cardado no lombo
E
Carona,basto e cinchão.
D G
Ajusto bem a peiteira
D G
Nos “tento” o poncho emalado
B7
E afivelo o rabicho
E
Com o sabugo escorado.
B7
Um pelego de merino
E
Com o carnal bem sovado
B7
E o travessão estendido
E
Sobre a badana de pardo.
B7
Par de rédea e cabeçada
E
Da parelha do apero
F#7 B7
Onde espelha o sol de Maio
E
Na larga chapa do freio.
B7
Moldando a anca eu ato
C#m
O laço no estilo pachola
B7
E um nó feito a capricho
E
Com quatro galhos na cola.
B7
Aperto entre os pelegos
C#m
Deixando as “ponta” estendida
F#7 B7
Do pala branco de seda
E
De franja grossa e comprida.
B7
Meu zaino roda o coscorro
C#m
Me dá ganas de estradear
B7
Pra “vê” uma penca de potro
E
Lá na cancha do Leomar.
B7
Jogar a tava gaúcha
C#m
Um truco à moda fronteira
F#7 B7
E “floreá uns beiço pintado”
E
Num Domingo de carreira.
B7
Tiro a chave e o criolim
E
Pra folgar o patuá
B7
Coloco meia de canha
E
Preparada com butiá
B7
Então com as pilchas de gala
E
Busco a volta e me enforquilho
F#7 B7
Deixo os campos da estância
E
Na direção do “Coentrilho”.
PATALEIO
( Lisandro Amaral / André Teixeira )
C
A força dos barbicachos
G7
- ilhapa em queixo dos cueras -
retumbando a primavera
C
pataleio e tiradores;
Am
bolcados e orelhadores...
D7 G7
no mangueirão, corre as vara!
F C
salta um co’as mão na cara
G7 C
pedindo rienda senhores.
E risca os casco rachado
G7
na alma verde da estância.
Dm G7
Desconhecendo a elegância
C
que tem o nobre senhor,
Am
capincho no tirador,
D7 G7
melena atada com vincha
F C
a terra viva relincha
G7 C
na estampa do domador.
"Allá” na lata o Jacinto
G7
Imita o vento minuano
Dm G7
Não sabe se é castelhano
C
Brasileiro - pouco importa
Am
Grita a pinguancha na porta
D7 G7
Num mouro arrotando grama:
F C
- Se tem café tu me chama
G7 C
Que é dois tirão e do volta!
C
A força do pulso antigo
G7
Palanque em braço dos cuera
Se confirma a primavera
C
Cabrestos e maneadores
Am
Buçal torcido e rumores
D7 G7
No campo santo da doma
F C
É quando a alma se assoma
G7 C
Pedindo campo senhores
Coragem bruta me sobra
G7
E se ela qué eu espero
Dm G7
Na senha do quero-quero
C
"Pido permisso señor”
Am
Capincho no tirador,
D7 G7
Melena atada co’ a vincha
F C
A terra viva relincha
G7 C
Na alma do domador.
C
Na taipa Ogeda é um cacique
G7
De bombachão e sombrero;
Dois ajudante ovelheiro
C
E a tubianada macaca
Am
Cada tigre anca de vaca
D7 G7
E é um mandamento pampeano
F C
Que égua de pelo tobiano
G7 C
Se não da ruim da veiaca.
Por certo o Maneco Rosa
G7
deve estar de espora atada
Dm G7
No “Batuvi” tem potrada
C
Cogotuda e sem costeio
Am
Nas Palma o mesmo floreio
D7 G7
Mário Sérgio espora braba
F C
Mistura sangue co’ a baba
G7 C
E ri no altar dum arreio